Pitney Bowes destaca que intralogística eficiente pode elevar produtividade em até 30% e reduzir estoques em 35%

Automação e integração de processos internos tornam-se essenciais para competitividade e redução de custos logísticos.

A intralogística, responsável pela movimentação, armazenagem e gestão de materiais dentro de centros de distribuição e fábricas, vem ganhando destaque como pilar estratégico da eficiência logística. Com o crescimento do e-commerce e a exigência por entregas rápidas, empresas têm buscado soluções para otimizar seus fluxos internos e, com isso, ganhar competitividade no mercado.

De acordo com a Associação Brasileira de Logística (Abralog), companhias nacionais perdem, em média, 12% da receita anual devido a falhas nos processos internos, como controle de estoque ineficiente, movimentações inadequadas e baixa integração de sistemas.

Nesse cenário, a automação por meio de WMS (Warehouse Management System), AGVs (Automated Guided Vehicles) e sistemas de picking automatizado pode aumentar a produtividade em até 30%.

Segundo Rafael Salim, especialista em soluções de automação logística na Pitney Bowes, “investir em intralogística é, hoje, uma necessidade. É ela que garante fluidez nos processos, redução de custos e um tempo de resposta mais ágil ao cliente. Quem automatiza e integra esses fluxos está um passo à frente no mercado”.

Estudos da McKinsey & Company mostram que empresas com cadeias logísticas bem estruturadas têm um índice de satisfação do cliente 20% superior ao de seus concorrentes. Isso tem impacto direto na fidelização, na recompra e na imagem da marca.

Automação e inteligência artificial na intralogística

Na indústria, a intralogística é ainda mais estratégica. Tecnologias como sensores IoT, inteligência artificial (IA) e machine learning permitem monitoramento em tempo real, identificação antecipada de gargalos e prevenção de paradas na produção.

Com base no relatório da McKinsey, empresas que usam IA para prever demanda conseguem reduzir seus estoques em até 35% e aumentar a eficiência logística em 20%.

Outro ponto destacado por Salim é a sustentabilidade. Processos internos otimizados reduzem o consumo de energia, evitam movimentações desnecessárias e diminuem o desperdício de espaço.

Modernização da intralogística como diferencial estratégico

De acordo com o Gartner, até 2026, empresas que não modernizarem seus processos logísticos internos poderão enfrentar um aumento de até 35% nos custos operacionais, principalmente pela dificuldade de escalar com eficiência.

Apesar dos avanços tecnológicos disponíveis, muitas empresas ainda veem a intralogística como uma função meramente operacional. No entanto, Salim alerta que “a competitividade está diretamente ligada à capacidade de entregar mais, melhor e mais rápido. E isso só é possível com processos internos bem alinhados”.

O crescimento da automação intralogística reforça que a logística interna deixou de ser apenas uma atividade de apoio para se tornar um diferencial competitivo e estratégico para empresas que desejam se manter relevantes no cenário atual.